COMO LIGA BÓIA DE NÍVEL ELÉTRICA? Esquemas completos para dowload !

Bóia de nível elétrica

Bóia elétrica de nível é a palavra-chave que norteia todo este artigo e, logo nas primeiras linhas, já reforçamos a sua importância para quem deseja automatizar bombas e evitar transbordamentos ou a falta d’água em residências, indústrias e comércios.

O vídeo do canal Eletricidade Online — “COMO LIGA BÓIA DE NÍVEL ELÉTRICA? Esquemas completos para download!” — mostra, em pouco mais de 15 minutos, desde a identificação dos cabos até a configuração de sistemas complexos com contator, inversor de frequência e soft starter.

Aqui, você encontrará um estudo aprofundado com as melhores práticas, dados reais de campo, casos práticos e diagramas comentados. Ao final, você será capaz de:

  • Selecionar a bóia correta para cada tipo de reservatório.
  • Interpretar esquemas e diagramas de ligação monofásica e trifásica.
  • Integrar dispositivos de proteção e automação avançada.
  • Programar rotinas de manutenção preventiva que prolongam a vida útil do sistema.

Embarque nesta leitura de aproximadamente 2.200 palavras, ideal para quem busca conhecimento profissional, mas em tom conversacional e repleto de exemplos práticos.

1. Por que utilizar uma bóia elétrica de nível?

1.1 Garantia de abastecimento contínuo

A ausência d’água em pontos críticos, como hospitais, edifícios altos ou linhas de produção, pode gerar prejuízos incalculáveis.

Ao instalar uma bóia elétrica de nível, criamos um sistema automático de reforço que comanda o acionamento da bomba assim que o reservatório atinge seu nível mínimo.

Assim, mesmo em horários de pico, mantém-se a pressão na rede interna e evita-se o efeito “fila de consumo” que colapsa o abastecimento.

1.2 Economia de energia e redução de custos

Bombas trabalhando em regime intermitente por acionamento manual consomem mais energia, pois partem fora da faixa nominal de rendimento.

A bóia, ao controlar ciclos de ligação mais longos e espaçados, mantém a bomba na curva de eficiência recomendada pelo fabricante.

O resultado é uma economia média de 18 % segundo levantamento realizado em condomínios de médio porte em São Paulo (case 2023, Eletricidade Online).

1.3 Segurança patrimonial e ambiental

Transbordamentos desgastam estruturas, causam infiltrações e podem contaminar áreas sensíveis. Já o fenômeno do “trabalho a seco” destrói selos mecânicos de bombas submersas em minutos.

A bóia de nível evita esses dois cenários críticos, garantindo a integridade dos equipamentos e reduzindo a pegada ambiental associada ao desperdício de água.

2. Princípios de funcionamento e identificação dos cabos

2.1 Contatos NA e NF

No interior da bóia há um microinterruptor que altera sua posição em função da flutuação. Os dois contatos principais são NA (normalmente aberto) e NF (normalmente fechado).

Para reter água em um reservatório superior, costuma-se usar o contato NA: ele fecha quando a bóia desce, acionando a bomba.

Já para proteger bombas contra trabalho a seco em cisternas, o contato NF é preferido, pois abre o circuito quando o nível abaixa.

2.2 Teste simples com multímetro

Se o manual se perdeu, basta colocar a bóia em posição horizontal e verificar continuidade entre os cabos. Depois, incline-a 45 °: o contato deve mudar de estado.

O vídeo sugere etiquetar imediatamente os fios com fitas coloridas (vermelho para fase, azul para retorno e branco para comum) antes de prosseguir na instalação, evitando erros futuros.

2.3 Materiais, IP e certificações

Bóias plásticas ABS são mais baratas, mas em ambientes quimicamente agressivos recomenda-se o poliuretano ou aço inox. Verifique ainda grau de proteção IP68 para submersão contínua e selos de qualidade como Inmetro e IEC 60947-5-1.

Esses certificados garantem resistência dielétrica mínima de 1000 V e ciclos mecânicos superiores a 1 milhão.

3. Dimensionamento e escolha da bomba ideal

3.1 Cálculo de vazão e altura manométrica

Antes de ligar qualquer bóia, precisamos garantir que a bomba atende à vazão (m³/h) e altura manométrica (m.c.a.) exigidas.

A fórmula básica, apresentada no vídeo, combina somatório das perdas de carga (Σhf) com a distância vertical entre espelho d’água e ponto de consumo.

Sempre adicione 10 % de folga para variações de pressão na concessionária.

3.2 Compatibilidade elétrica

Bombas monofásicas até 2 HP podem ser ligadas diretamente pela bóia se esta suportar 15 A ou mais. Acima disso, emprega-se contator, inversor ou soft starter.

O canal disponibiliza diagramas prontos que mostram como interpor o contato auxiliar entre a bóia e a bobina do contator, preservando os terminais do microinterruptor interno.

3.3 Tabela comparativa

Cri​tério Bomba Periférica Bomba Submersa
Altura máxima 40 m.c.a. 85 m.c.a.
Vazão típica 1–3 m³/h 5–15 m³/h
Nível de ruído Médio (70 dB) Baixo (submersa)
Instalação Fora do líquido Dentro do reservatório
Proteção necessária Válvula de retenção Selo mecânico e grelha
Custo médio R$ 450 R$ 1.300
Caixa de destaque: A escolha da bomba deve levar em conta não apenas o preço inicial, mas o custo total de operação (TCO). Uma bomba submersa, embora mais cara, economiza até 22 % de energia em aplicações acima de 25 m de coluna d’água.

4. Esquemas de instalação passo a passo

4.1 Sistema simples com uma única bóia

  1. Desenergize o circuito no disjuntor geral.
  2. Fixe a bóia a 15 cm acima do fundo da caixa.
  3. Conecte fase no comum (COM) da bóia.
  4. Ligue o retorno NA à bomba.
  5. Utilize fio 2,5 mm² com isolação 750 V.
  6. Religue a energia e teste o nível de corte.
  7. Identifique cabos com etiquetas termorretráteis.

4.2 Controle de cisterna + caixa superior com duas bóias

Neste arranjo, a bóia inferior (NF) protege a bomba contra trabalho a seco, enquanto a superior (NA) faz o start/stop clássico.

Os contatos são ligados em série, formando um “E” lógico: a bomba funciona apenas quando há água disponível na cisterna e nível baixo na caixa do telhado.

O vídeo demonstra a ligação dos fios marrom, preto e azul em bornes separados, intertravando-os antes de entrar no contator.

4.3 Integração com pressurizadora

Bombas pressurizadoras precisam de sensor de fluxo adicional. A dica do canal é usar o contato auxiliar do pressostato na mesma linha da bóia, garantindo que a bomba só ative quando houver consumo real. Isso evita “golpes de aríete” e aumenta a vida útil do eixo.

  • Evite emendas dentro do reservatório.
  • Use prensa-cabos IP68 na tampa.
  • Respeite distância mínima de 30 cm entre bóias.
  • Adote disjuntor curva C para partida direta.
  • Instale aterramento conforme NBR 5410.
Caixa de destaque: Um cabo mal isolado dentro da cisterna leva a fuga de corrente que aciona o DR (30 mA). Mantenha conexões acima da linha d’água ou utilize emenda encapsulada em resina.

5. Contator, inversor de frequência e soft starter

5.1 Por que usar contator?

Uma bóia típica suporta 10–15 A. Bombas trifásicas de 5 CV chegam a 12 A por fase em 380 V, mas corrente de partida pode multiplicar por 7.

O contator assume a carga de comutação, e a bóia passa a comandar apenas a bobina (250 mA). No diagrama, a fase entra no comum da bóia, sai no NA, atravessa o fusível da bobina e energiza o contator — simples, seguro e escalável.

5.2 Vantagens do inversor de frequência

O inversor permite partida suave, controle de velocidade e monitoramento de torque. Ao integrar a bóia no terminal de entrada digital DI1, configurado como “Run Forward”, o VFD só inicia quando detecta nível baixo. Estudos mostram economia de até 30 % de energia graças à variação de velocidade em horários de menor demanda.

5.3 Soft starter e proteção mecânica

Já o soft starter reduz picos de corrente e choques hidráulicos, prolongando a vida do encanamento. A bóia, nesse caso, deve ser ligada no controle remoto do soft, usando lógica two-wire. A corrente de arranque cai de 600 % para 350 % IN, segundo dados do fabricante WEG SSW07.

  • Configure rampa de aceleração em 3 s (bombas centrífugas).
  • Ative função “dry-run” no inversor para desligar sem água.
  • Programe relé térmico a 1,05 × IN.
  • Use varistor ou supressor RC no contator para reduzir ruído.
  • Realize testes mensais com simulador de nível.

6. Manutenção preventiva e resolução de falhas

6.1 Checklist mensal

A equipe de manutenção deve criar rotinas de inspeção que incluem verificar flutuabilidade, oxidação de contatos e resistência de isolamento (teste Megger a 500 V). Limpeza de algas e sedimentos no eixo da bóia evita travamentos. Troque abraçadeiras de inox a cada 18 meses.

6.2 Sinais de alerta

Bomba ligando sem parar indica contato soldado (NA pegou). Já falta d’água com bomba parada sugere bóia emperrada em posição alta. Use spray de silicone para lubrificar o cabo e melhorar deslizamento. Caso detecte aquecimento no contator, verifique torque dos bornes (aprox. 1,2 N·m).

6.3 Resolução passo a passo

  1. Desligue disjuntor e confirme ausência de tensão.
  2. Faça “jumper” nos bornes da bóia para descartar defeito na bomba.
  3. Meça tensão no motor – se ausente, verifique fusíveis.
  4. Se motor aciona com jumper, substitua bóia imediatamente.
  5. Registre data de troca em planilha de manutenção.
  6. Envie componente defeituoso para análise laboratorial.
  7. Implemente melhoria para evitar repetição do problema.

7. Perguntas Frequentes (FAQ)

A seguir, respondemos às dúvidas que mais chegam ao suporte do Eletricidade Online.

1. Posso ligar duas bombas com a mesma bóia?

Sim, usando contator duplo ou um CLP para alternar bombas (sistema duty/stand-by). Isso distribui o desgaste e garante redundância.

2. Qual a vida útil média de uma bóia elétrica de nível?

Entre 5 e 7 anos em água limpa. Em poços com sólidos, reduza para 3 anos e realize limpeza semestral.

3. É possível usar tensão DC em bóias comuns?

Alguns modelos suportam até 30 VDC, mas verifique ficha técnica; o microinterruptor é, via de regra, universal.

4. O que é cabo PP e por que é recomendado?

Cabo PP possui dupla isolação e alta flexibilidade, ideal para movimentos da bóia. Evita rompimentos com o sobe-e-desce contínuo.

5. Preciso de DR na bomba?

Sim, NBR 5410 exige DR ≤ 30 mA em circuitos de tomadas externas ou áreas molhadas, incluindo bombas submersas.

6. Como dimensionar o disjuntor?

Multiplique corrente nominal do motor por 1,25 (folga térmica) e escolha disjuntor curva C ou D conforme regime de partida.

7. Bóia pode ser usada com líquidos químicos?

Somente modelos específicos com bojo em inox 316L ou PVDF; verifique compatibilidade com o MSDS do líquido.

8. Como evitar emendas dentro da água?

Route os cabos até caixa de passagem acima do nível máximo e faça a junção usando conectores estanhados e termorretrátil selado.

Conclusão

Para fixar o conteúdo, resumimos em tópicos:

  • Identifique NA e NF para montar lógicas de enchimento e esvaziamento.
  • Escolha bomba compatível com vazão, altura e corrente de partida.
  • Use contator, inversor ou soft starter em motores acima de 2 HP.
  • Instale cabos PP, prensa-cabos IP68 e DR de 30 mA.
  • Realize manutenção preventiva mensal e registre ocorrências.
  • Consulte tabelas e diagramas fornecidos pelo Eletricidade Online.

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Créditos: Conteúdo inspirado no vídeo de Eletricidade Online – “COMO LIGA BÓIA DE NÍVEL ELÉTRICA? Esquemas completos para download!”

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